domingo, 2 de agosto de 2009

Pra falar tem que saber!

"O rádio é o câncer da comunicação"

Afirmativa chocante, polêmica ao extremo, e na minha ótica; bastente equivocada!
O mais incrível é que não foi proferida por um qualquer, e sim por um publicitário de importante agência baiana no Encontro de Agências do Interior realizado nesses últimos dias em Feira de Santana.

Segundo o INCA (Institutoo Nacional de Câncer), Câncer é o nome dado ao conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado das células que invadem os tecidos e órgãos de forma maligna, podendo se espalhar por praticamente todo o corpo (metástase). Então, qual o significado de comparar algo tão terrível com um meio de comunicação historicamente importante, capaz de fascinar as pessoas, formar opiniões e imprimir estilos?

Como pode alguém que trabalha com comunicação desconhecer ou desvalorizar um meio
como o rádio? O que seria hoje a comunicação de massa se no princípio não houvesse o rádio?
Talvez não houvessem nem nós, publicitários.
É fato que: algumas emissoras de rádio não trabalham com a ética necessária para cumprir com as obrigações determinadas pelo CENP aos veículos de comunicação, e muitas vezes querem atravessar as agências de publicidade. Mas esses são casos isolados, e não desmerecem o meio e sim a emissora.

É importante saber diferenciar produto de produtor. Veículo de emissora. Joio do trigo.
E mais ainda, é importante saber o que dizer, onde dizer e como dizer.
A liberdade de expressão é um direito de todos, mas é preciso saber usufruir dessa liberdade de forma que não estejamos nos expondo nem expondo os outros.

Como comunicóloga formada e apaixonada e atual estudante de radialismo me sinto indignada com tal afirmação.
Salvo tendo se equivocado em sua infeliz colocação e tendo querido dizer que assim como um câncer se espalha por diversas partes do corpo indistintamente, o rádio permeia por diversos públicos, não há coerência alguma para sequer tentar justificar tal afirmativa.
É pra pensar!

2 comentários:

Blog do Kuelho disse...

Estive lá e ouví quando ele falou isso. Entendí a colocação dele, contudo, ví que foi de uma grosseria sem limites, um desrespeito aos profissionais alí presente.

Anônimo disse...

O EMEC precisa treinar o pessoal de atendimento. Há 30' estou ligando para marcar uma consulta e simplesmenete atende telefonistas mal educadas que não me ouvem e fica passando de uma para outra. Ligo para o serviço social e ninguém atende. O descaso é demais.